Nos últimos tempos, muitas são as críticas ao nosso órgão de classe, a OAB, que vão desde problemas relacionados ao atendimento dos advogados e das advogadas até à falta de preocupação com as constantes violações das prerrogativas profissionais, que somente são defendidas, segundo os críticos, quando se trata de advogados ilustres.
Uma série de necessidades e anseios da classe não têm encontrado respaldo do seu órgão de representação.
Por discordarem desse estado de coisas e por perceberem que a categoria clama por mudanças é que muitos colegas estão desejos de participarem das próximas eleições da OAB, prevista para a segunda quinzena do próximo mês de novembro de 2021.
Os Advogados brasileiros estão se ressentindo, por exemplo, da falta de apoio da Ordem neste momento de pandemia, onde os Tribunais resolveram, de forma unilateral, fechar o fórum, sem dar qualquer aviso ou satisfação aos demais operadores do direito, principalmente aos representantes dos cidadãos em juízo, que são os advogados.
Para muitos, essa falta de firmeza, de intervenção, de providências contra essa situação, tem contribuído para um grande desespero vivenciado por centenas de milhares de advogados em nosso país, que estão passando por grandes dificuldades financeiras, o mesmo não acontecendo com os demais operadores do Direito que estão com sua renda garantida ao final de cada mês.
Muitos afirmam que, para eles, do ponto de vista pessoal, seria até mais cômodo não participarem das eleições. Contudo, dizem que, assim agindo, estariam traindo a classe, pois é dever dos advogados participarem dos destinos de sua entidade de classe, não só apenas como eleitores, mas também como candidatos. Muitos colegas, em todo o país, têm projetos em favor da advocacia brasileira.
Por Esdras Dantas de Souza, advogado em Brasília, conselheiro vitalicio, ex-presidente da OAB DF e ex-Diretor do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.