Por Dante Navarro
Vivemos em uma época em que tanto se fala em empatia, mas pouco se pratica no que diz respeito àqueles que mais merecem: os idosos. Muitos pais e mães passaram a vida inteira trabalhando, renunciando a sonhos e confortos pessoais para garantir dignidade, estudo e proteção aos seus filhos. Hoje, em muitos lares, esses mesmos pais são deixados de lado, esquecidos, enquanto seus filhos, por vezes, priorizam compromissos triviais, passeios com animais de estimação ou o próprio conforto, em detrimento de uma simples visita, de uma conversa afetuosa ou de um gesto de gratidão.
O respeito aos idosos não é apenas um dever legal ou moral — é um gesto de humanidade e reconhecimento. A Comissão Nacional de Defesa dos Idosos da ABA convida a sociedade a refletir: o que temos feito por aqueles que tanto fizeram por nós? Muitos idosos estão, cada vez mais, pensando em si, resgatando sua autonomia e buscando viver com mais dignidade, inclusive em relação ao destino de seu patrimônio. Que essa mudança de postura sirva de alerta e inspiração. Que possamos ser mais presentes, mais justos e mais humanos com aqueles que nos deram tudo — inclusive a vida.
“Quem abandona seus pais hoje, abandona sua própria história amanhã.”
— Esdras Dantas, Presidente da Associação Brasileira de Advogados (ABA)