O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra matou a tiros seu vizinho de condomínio, negro, Durval Teófilo Filho, e foi indiciado pela Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense (RJ), por homicídio culposo.
Na Polícia, o militar que atirou na vítima disse que disparou contra Durval porque pensou que ele iria sacar uma arma para assaltá-lo.
Polícia Civil divulgou nota nestes termos: “Segundo declaração do autor, ele atirou na vítima em reação a uma suposta tentativa de assalto, enquanto a mesma caminhava e mexia em sua mochila. Ao constatar seu erro, o acusado prestou imediato socorro a Durval, levou para um hospital, mas ele não resistiu. De acordo com a DHNSG, o autor do crime foi indiciado por homicídio culposo e permanece preso”, afirmou a nota.
A Polícia, de pronto, acolheu a versão do militar que praticou o crime e o indiciou pela prática de homicídio culposo. Declarou, também, que o sargento da Marinha, Aurélio Bezerra, tentou socorrer a vítima e foi preso no hospital.
De acordo com a viúva Luziane Teófilo, Durval Teófilo Filho teria pedido para que o militar não atirasse contra ele na noite de quarta-feira, em São Gonçalo.
A família clama por justiça. A irmã da vítima, Fabiana Teófilo declarou:
“Será que fosse um branco andando e mexendo na mochila, tinham atirado no meu irmão três vezes? E ele falando que ele era morador do condomínio? Será? Eu duvido. Eu duvido muito”, afirmou a irmã do morto.
Durval era trabalhador. Prestou serviços em uma plataforma da Petrobras e atualmente trabalhava como repositor em um supermercado. Esse assassinato está gerando uma série de protestos.
O homicídio culposo é quando uma pessoa mata outra sem a intenção, quando a culpa é inconsciente. As causas do homicídio culposo são norteadas pela negligência, imprudência ou imperícia. O homicídio culposo está previsto no artigo 121, p. 2-4 do Código Penal Brasileiro. Com absoluta certeza o autor do homicídio não será preso, caso seja condenado.