Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência: Uma Realidade Ainda Distante da Idealidade

Nos últimos anos, avanços significativos foram conquistados no Brasil no que diz respeito aos direitos das pessoas com deficiência. No entanto, mesmo diante das legislações claras e garantidoras, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a realidade enfrentada por esse grupo ainda está longe de ser ideal.

O artigo 98 da referida lei é claro ao determinar que é crime recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência. No entanto, é evidente que muitos estabelecimentos de ensino continuam negligenciando essa importante garantia, desrespeitando os direitos fundamentais das pessoas com deficiência.

A presidente da Comissão Nacional de Direito das Pessoas com Deficiência da Associação Brasileira de Advogados, Dra. Priscilla Machado, não poupa críticas diante dessa realidade. “É inadmissível que, mesmo após a promulgação de uma legislação tão importante como o Estatuto da Pessoa com Deficiência, ainda haja tantos obstáculos e desafios no acesso à educação para esse grupo populacional”, afirma.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), estabelece penas severas para aqueles que praticam tais condutas discriminatórias, que vão desde recusar a inscrição em concursos públicos até negar assistência médico-hospitalar adequada à pessoa com deficiência. No entanto, a falta de efetividade na aplicação dessas penalidades tem sido uma constante, contribuindo para a perpetuação da exclusão e da discriminação.

Diante desse cenário alarmante, é urgente que medidas concretas sejam adotadas para garantir o cumprimento efetivo da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A Associação Brasileira de Advogados reforça seu compromisso em defender os direitos desse grupo vulnerável e exige que o Poder Público atue de forma enérgica para coibir qualquer forma de discriminação e garantir a plena inclusão e dignidade das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida social.

Da Redação

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