Entre Coragem e Sabedoria: Lidando com a Ingratidão ao Fazer o Bem

Por Esdras Dantas de Souza

Na jornada de fazer o bem, uma verdade se faz presente: a coragem de estender a mão, de oferecer auxílio e promover o bem-estar muitas vezes é acompanhada pela ingratidão. Aqueles que têm a nobreza de praticar a bondade sabem que, por vezes, ela pode não ser reconhecida ou valorizada como mereceria.

Nesse contexto, a sabedoria se torna uma aliada fundamental. É preciso compreender que a gratidão nem sempre virá de forma explícita, e que as ações altruístas realizadas não devem ser condicionadas ao reconhecimento alheio. A sabedoria está em nutrir a empatia e a compreensão, compreendendo que cada gesto de benevolência contribui para um mundo melhor, independentemente das respostas que recebe.

Aqueles que têm a coragem de fazer o bem demonstram não apenas generosidade, mas também resiliência frente à ingratidão. Eles sabem que, no final do dia, o valor da benevolência está na própria ação realizada, e não somente na resposta que ela recebe. É a sabedoria que sustenta essa coragem, lembrando que os frutos do bem plantado podem ser colhidos mesmo em meio à adversidade.

Esdras Dantas de Souza é advogado, jornalista e presidente da Associação Brasileira de Advogados (ABA)

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