Autismo na Terceira Idade: Comissão da ABA destaca importância do diagnóstico e inclusão

Com a proximidade do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, a Comissão Nacional de Defesa dos Direitos dos Idosos da Associação Brasileira de Advogados (ABA) reforça a necessidade de ampliar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos idosos dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O autismo, frequentemente associado à infância, é um transtorno neurológico que afeta áreas como comunicação, comportamento, cognição e interação social, e que acompanha o indivíduo durante toda a sua vida. Segundo especialistas, muitas pessoas chegam à terceira idade sem diagnóstico, enfrentando dificuldades adicionais por não terem recebido acompanhamento adequado ao longo dos anos.

A presidente da Comissão Nacional de Defesa dos Direitos dos Idosos da ABA, Dra. Patrícia Allevato, ativista reconhecida e defensora intransigente dos direitos dos idosos, destaca que o diagnóstico tardio do autismo representa um desafio específico na proteção e promoção da qualidade de vida desses indivíduos. “A ausência de diagnóstico precoce muitas vezes impede que o idoso receba o suporte necessário para enfrentar suas limitações e desenvolver plenamente sua autonomia”, afirma.

Entre os sinais que indicam a possibilidade do idoso estar dentro do espectro autista estão dificuldades persistentes na comunicação social, comportamentos repetitivos e restritivos, resistência intensa às mudanças de rotina e falta de reciprocidade emocional nas interações pessoais.

Dra. Patrícia Allevato ressalta ainda que o papel das famílias e dos profissionais de saúde é fundamental na identificação desses sinais e na busca por avaliações médicas e psicológicas adequadas. “A conscientização da sociedade e o entendimento sobre o autismo na terceira idade são essenciais para que os idosos possam ser devidamente incluídos e respeitados em sua dignidade e direitos”, complementa.

A Comissão Nacional de Defesa dos Direitos dos Idosos da ABA tem atuado fortemente para promover o debate e a sensibilização sobre o autismo na terceira idade, contribuindo para a criação de políticas públicas inclusivas e efetivas que garantam o respeito, a autonomia e o bem-estar dos idosos diagnosticados tardiamente.

O diagnóstico, mesmo tardio, representa um passo crucial para melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos autistas e garantir que eles tenham suas necessidades específicas atendidas e respeitadas.

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