Advocacia Extrajudicial: Desafio da Falta de Conhecimento e Como Superá-lo

Da Redação

A advocacia extrajudicial tem se consolidado como um campo promissor no Brasil, oferecendo soluções mais rápidas, econômicas e eficazes do que os tradicionais processos judiciais. No entanto, um grande obstáculo ainda limita seu crescimento: o baixo conhecimento da sociedade sobre esse modelo de atuação.

A maioria das pessoas — e até empresas — associa o papel do advogado exclusivamente ao contencioso, ou seja, à atuação em processos dentro dos tribunais. Essa visão limitada gera um problema duplo: dificuldade em vender serviços consultivos e preventivos e falta de demanda espontânea. Na prática, o cliente só procura um advogado quando o problema já está instaurado, quando muitas vezes a solução extrajudicial já não é possível ou se torna mais complexa.

Essa ausência de cultura jurídica preventiva no Brasil impede que cidadãos e empresas compreendam a importância de contratos bem elaborados, planejamento sucessório, mediação, arbitragem e demais ferramentas que evitam litígios e economizam tempo e dinheiro.

Por que isso acontece?

Especialistas apontam que essa lacuna cultural é histórica e está ligada à ideia de que “só o juiz resolve”. Além disso, falta informação qualificada para o público leigo, capaz de demonstrar como a advocacia extrajudicial oferece soluções seguras e com respaldo legal, realizadas por meio de escrituras públicas, contratos e procedimentos administrativos.

As dores dos advogados que atuam nessa área

  • Falta de reconhecimento: muitos clientes não entendem o valor da consultoria preventiva.
  • Dificuldade para precificar: quando o serviço não é percebido como essencial, há pressão para reduzir honorários.
  • Concorrência informal: cartórios e despachantes acabam ocupando espaço que deveria ser do advogado.
  • Baixa escalabilidade: sem estratégias de marketing, os serviços permanecem pouco conhecidos.

Como mudar esse cenário?

A Associação Brasileira de Advogados (ABA), por meio da Comissão Nacional de Advocacia Extrajudicial, presidida pela Dra. Vera Aleixo, tem desenvolvido ações para transformar essa realidade e fortalecer os profissionais que atuam nessa área. Entre as principais sugestões para enfrentar esse desafio estão:

Educação e informação para a sociedade
Campanhas de conscientização mostrando as vantagens da solução extrajudicial: rapidez, segurança jurídica e redução de custos.

Posicionamento estratégico do advogado
Investir em marketing jurídico digital ético, criando conteúdo educativo sobre inventário em cartório, usucapião extrajudicial, regularização fundiária, contratos e mediação.

Capacitação contínua
Participar de programas de mentoria e cursos especializados oferecidos por entidades como a ABA, que orientam sobre novas leis, práticas inovadoras e precificação adequada.

Parcerias inteligentes
Estabelecer conexões com cartórios, corretores de imóveis, contadores e empresas para ampliar a base de clientes e criar soluções integradas.

Conclusão

A advocacia extrajudicial não é apenas uma tendência: é uma realidade que pode revolucionar a forma como o brasileiro lida com questões jurídicas. Para isso, é preciso informar, educar e se posicionar estrategicamente. A Associação Brasileira de Advogados, sob a liderança da Dra. Vera Aleixo na Comissão Nacional de Advocacia Extrajudicial, está à frente desse movimento, promovendo projetos, treinamentos e redes de networking que aproximam os profissionais do mercado e aumentam sua visibilidade.

Se você é advogado e deseja se destacar na advocacia extrajudicial, é hora de agir: atualize-se, fortaleça sua marca e mostre ao cliente que prevenção jurídica é sinônimo de segurança e economia.

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