Da Redação
Quando uma nova gestão assume a responsabilidade de liderar uma entidade tão importante quanto a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro, não é raro que se depare com um cenário de desafios complexos. A advogada Ana Teresa Basílio (foto), ao tomar as rédeas dessa grande responsabilidade, não hesitou em tomar medidas firmes, necessárias e, muitas vezes, impopulares. A reforma administrativa que ela implementou, com corte nos quadros de funcionários, redução de despesas supérfluas e contenção de gastos, é uma dessas decisões que exigem coragem e visão de futuro.
É compreensível que muitas pessoas, especialmente aquelas que não entendem completamente os detalhes dessa mudança, tenham questionado a necessidade dessa reforma. Afinal, a mudança gera desconforto, e a resistência ao novo é algo natural. No entanto, é preciso que todos nós, como advogados e advogadas comprometidos com a classe, compreendamos a magnitude da responsabilidade de Ana Teresa Basílio e sua equipe, e a urgência dessa reforma para garantir que a OAB RJ continue sendo uma entidade forte, atuante e capaz de prestar os melhores serviços à advocacia.
Imaginemos, por um momento, uma situação simples, mas reveladora. O que você faria se chegasse em sua casa e encontrasse uma pilha de boletos para pagar, compromissos para saldar e não tivesse os recursos necessários para saldar essas dívidas? O que faria se o dinheiro não fosse suficiente para cumprir todas as suas obrigações e compromissos? Sem dúvida, a primeira atitude seria cortar despesas, ajustar prioridades, repensar como o dinheiro seria alocado, e buscar alternativas para garantir que os compromissos mais importantes, aqueles que garantem sua sobrevivência e bem-estar, fossem atendidos.
A situação de uma entidade de classe não é diferente. Quando a OAB RJ, liderada por sua nova gestão, encontra uma realidade de recursos limitados e desafios financeiros, a decisão mais responsável, mais acertada e mais coerente é justamente essa: cortar gastos excessivos, otimizar os recursos e fazer mais com menos. Quando se lidera uma entidade como a OAB RJ, a prioridade deve ser garantir que ela continue cumprindo sua missão com excelência, sem perder de vista o bem-estar de todos os seus membros.
A reforma administrativa, portanto, não é um simples ajuste. Ela é um compromisso com o futuro da advocacia fluminense. Ela é uma decisão difícil, mas que visa preservar a essência da OAB RJ: uma instituição forte, independente e capaz de lutar pelos direitos da classe, de defender a advocacia e de prestar os serviços essenciais para a profissão.
Qualquer entidade de classe que gastar mais do que arrecada está fadada à inoperância, à perda de relevância e, mais gravemente, à incapacidade de oferecer os serviços e benefícios pelos quais os seus membros pagam suas anuidades. Não podemos, de forma alguma, permitir que isso aconteça com a nossa Ordem. Precisamos garantir que a OAB RJ tenha os recursos necessários para continuar promovendo a educação, a capacitação, a defesa dos direitos dos advogados e a representação da classe com a força que ela merece.
Essa reforma administrativa, portanto, é não apenas necessária, mas essencial. Ela é o primeiro passo para garantir que a gestão de Ana Teresa Basílio cumpra os compromissos assumidos com aqueles que confiaram nela. E mais do que isso: é a certeza de que a nova administração está comprometida com o futuro da advocacia, com o fortalecimento da nossa classe e com a construção de uma Ordem mais eficiente e preparada para enfrentar os desafios que estão por vir.
A mudança é difícil, é desafiadora e, muitas vezes, dolorosa. Mas é também a única forma de garantir que estamos cuidando daquilo que é mais precioso para nós: a nossa profissão, a nossa Ordem e o nosso futuro. Não há outra forma de avançar se não for com coragem, responsabilidade e compromisso com o que é melhor para todos nós, advogados e advogadas do Rio de Janeiro.
A reforma que está sendo implementada não é um ato de redução, mas um ato de preservação e renovação. É uma ação corajosa e necessária para garantir que a OAB RJ seja cada vez mais forte, mais eficiente e mais capaz de representar nossa classe com dignidade, seriedade e eficácia. O momento é agora. O futuro da advocacia fluminense depende disso. E, como sempre, contamos com a união de todos para seguir em frente, juntos, mais fortes e mais preparados.