A Metáfora dos Anos Consumidos pelo Gafanhoto e a Busca pelo Sucesso

Por Esdras Dantas de Souza

Nas reuniões que conduzo com os membros da Associação Brasileira de Advogados (ABA), já falei sobre um livro antigo intitulado JOEL, nome da pessoa que o escreveu, que descreve uma expressão intrigante: “Os Anos Que o Gafanhoto Devorou”.

Essa frase, de um tom triste, simboliza os períodos em que a colheita foi destruída por adversidades, impedindo o progresso. São os anos em que as pessoas trabalharam, mas não avançaram; chegaram ao final do ciclo anual com menos do que iniciaram. Uma parte de suas vidas foi consumida sem acrescentar nada.

Na maioria das vidas, há momentos infrutíferos, porém a tragédia se instala quando, ano após ano, as pessoas alimentam o Gafanhoto da Indecisão, da Preguiça ou da Foco excessivo em tarefas insignificantes. O pesar de muitos surge quando percebem, tarde demais, que poderiam ter agido, mas não o fizeram. São esses anos que o gafanhoto devora, cobrando, posteriormente, as oportunidades perdidas.

Não se deve cair na ilusão confortável de que a sorte proporcionará o sucesso. É a coragem, a ação e o trabalho árduo que verdadeiramente contam. Napoleão, ao dizer “Não se pode ganhar uma guerra ficando na defensiva”, enfatizava a importância da ação para a vitória.

A liderança exige perseverança, como exemplificado pela Associação de Advogados, ABA, ao promover reuniões periódicas para manter uma rede de contatos ativa, compartilhar informações e oportunidades de trabalho, e sustentar a educação contínua dos membros. A habilidade de não abandonar um compromisso até sua conclusão contribui para que as pessoas alcancem seus objetivos de vida.

Os indivíduos bem-sucedidos não desistem, persistem até que seu trabalho esteja efetivamente terminado e triunfante. Eles trabalharam enquanto outros permaneceram inertes; perseveraram enquanto outros desistiram; praticaram desde cedo o sacrifício, o esforço e a devoção total a um único propósito. Como resultado, desfrutam do sucesso, frequentemente erroneamente atribuído à sorte.

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