Por Esdras Dantas de Souza
A célebre frase de Ariano Suassuna, “O fanatismo e a inteligência nunca moram na mesma casa”, é um convite à reflexão sobre a relação entre esses dois aspectos tão intrinsecamente ligados à natureza humana. A sabedoria expressa nessas palavras ressoa como um alerta, destacando a incompatibilidade entre a mente aberta e a rigidez dos extremos.
A Natureza do Fanatismo
O fanatismo é uma característica profundamente enraizada na história da humanidade. Refere-se a um zelo excessivo por crenças, ideias ou causas, muitas vezes acompanhado por uma devoção irracional e inflexível. A cegueira diante de perspectivas alternativas e a recusa em considerar outros pontos de vista são marcas distintivas do fanatismo, que pode se manifestar em diferentes esferas da vida, desde questões religiosas e políticas até esportes e ideologias.
A Inteligência e sua Relação com a Abertura Mental
Por outro lado, a inteligência é a capacidade de compreender, analisar e adaptar-se diante das complexidades do mundo. Envolve a busca pelo conhecimento, a avaliação crítica de informações e a disposição para considerar diferentes perspectivas. A mente inteligente está aberta ao diálogo, à experimentação e ao aprendizado contínuo, enxergando no questionamento e na reflexão uma ferramenta fundamental para o crescimento pessoal e coletivo.
A Incompatibilidade entre Fanatismo e Inteligência
A frase de Suassuna sugere que o fanatismo e a inteligência são como óleo e água, incapazes de coexistir harmoniosamente. Enquanto o fanatismo se fecha em dogmas inflexíveis, a inteligência busca a expansão do conhecimento por meio da investigação, do debate saudável e da flexibilidade mental. O fanatismo tende a cegar a mente para outras possibilidades, enquanto a inteligência encoraja a abertura para novas ideias e perspectivas.
Considerações Finais
A reflexão proposta por Ariano Suassuna é uma chamada à moderação, à ponderação e à busca pela compreensão. Ela nos convida a cultivar a inteligência, não apenas como um atributo intelectual, mas como uma atitude que valoriza a diversidade de pensamento e a tolerância às diferenças. A coexistência entre fanatismo e inteligência na mesma casa é um desafio, mas a escolha pela mente aberta e pela sabedoria pode conduzir a um caminho mais rico e humano.
O legado das palavras de Suassuna nos inspira a buscar um equilíbrio entre convicções e flexibilidade, entre a paixão pelas ideias e a abertura para novas possibilidades. Elas nos convidam a olhar para além das fronteiras do dogma, abraçando a diversidade e construindo um mundo onde a inteligência, a compreensão e o respeito mútuo sejam as bases para um convívio mais enriquecedor e pacífico.