Caso de Troca de Etiquetas no Aeroporto de Guarulhos Resulta em Prisão Injusta de Cidadão Líbio.
No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um cidadão líbio de 37 anos, Ahmed Hasan, enfrenta acusações de tráfico de drogas devido a um incidente em que a etiqueta de uma de suas malas foi trocada por outra contendo 43 kg de cocaína destinada à Turquia. O Fantástico, em sua edição deste domingo (29), apresentou mais um preocupante caso de tráfico de drogas envolvendo malas que partiram do maior aeroporto do Brasil, Guarulhos.
Imagens exclusivas revelaram a apreensão de duas malas, carregando um total de 43 kg de cocaína. Surpreendentemente, ambas estavam registradas em nome de Malak, esposa de Ahmed Hasan, o qual foi injustamente acusado de envolvimento com o tráfico de drogas, conforme investigações da Polícia Federal.
Ahmed Hasan, um cidadão brasileiro, viajou com sua família de São Paulo no dia 22 de outubro de 2022, com destino a Istambul. Ao chegarem ao aeroporto de Istambul, seguiram sua rotina normalmente. Ahmed relata: “Nós pegamos toda a nossa bagagem, nossos passaportes foram carimbados e entramos normalmente. Nada aconteceu”. Posteriormente, passaram alguns dias na Turquia antes de seguir para a Líbia, onde decidiram residir.
Em maio deste ano, quando Ahmed retornou sozinho à Turquia, ele foi surpreendido por sua prisão. Ele conta: “Ela [uma advogada turca] disse que eu estava sendo acusado de tráfico internacional de drogas. Eu me assustei, quase morri. Foi um choque enorme para mim”.
O mais intrigante é que as malas com drogas só deixaram Guarulhos rumo à Turquia quatro dias após a partida de Ahmed e sua família, em 26 de outubro de 2022. O delegado Felipe Lavareda, da Polícia Federal, explicou: “Alguém retirou essa etiqueta, mas, em vez de usá-la no próprio dia, [a pessoa] a guardou para usar alguns dias depois no voo em que a droga efetivamente foi transportada”.
A concessionária responsável pelo aeroporto de Guarulhos alega que as companhias aéreas são responsáveis pelo manuseio das bagagens (detalhes a seguir). A Turkish Airlines e a embaixada da Turquia no Brasil não forneceram informações adicionais.
Para defender seu caso, Ahmed procurou a advogada Luna Provázio, que já havia atuado no caso das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que foram detidas na Alemanha por quase 40 dias após suas malas serem trocadas por bagagens contendo cocaína. As informações são do site G1. Foto: Reprodução da internet