Recurso impede interferências eletromagnéticas em aeronaves, permitindo o uso controlado de tecnologias sem fio.
A utilização de dispositivos eletrônicos portáteis, como celulares, a bordo de aeronaves comerciais é um tópico que suscita dúvidas e cuidados. Quando ativo, o “modo avião” desativa as conexões de dados móveis, Wi-Fi, Bluetooth, NFC e GPS, mitigando possíveis interferências eletromagnéticas nos equipamentos das aeronaves. Apesar disso, dois desses recursos podem ser reativados durante o voo.
Os smartphones modernos utilizam ondas eletromagnéticas para a troca de informações, o que pode potencialmente afetar os sistemas das aeronaves. Esse é o motivo pelo qual a ativação do “modo avião” é solicitada durante o pouso e decolagem, fases críticas do voo.
Ao habilitar o “modo avião”, a transmissão e recepção de ondas de rádio no dispositivo eletrônico são desativadas, eliminando o risco de interferência intencional. No entanto, alguns aparelhos permitem a reativação do Wi-Fi e Bluetooth, possibilitando conexões controladas, como acessar a internet do avião ou utilizar fones de ouvido.
O risco de interferência eletromagnética em aeronaves é um tópico cuidadosamente regulamentado. As companhias aéreas adotam recomendações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da indústria para garantir a segurança das operações. A certificação das aeronaves envolve testes rigorosos para avaliar a interferência de sinais eletromagnéticos. A Anatel, por sua vez, relata que não há registros de interferências de aparelhos celulares a bordo de aeronaves no Brasil.
Nesse cenário, as companhias aéreas seguem diretrizes rigorosas para mitigar qualquer risco relacionado ao uso de dispositivos eletrônicos portáteis. A segurança e integridade das comunicações e navegação a bordo das aeronaves são prioridades, garantindo que os voos transcorram sem problemas causados por interferências.
As companhias aéreas, conscientes da importância de garantir a segurança de seus voos, seguem as recomendações das autoridades reguladoras e da indústria aeronáutica. A Gol, por exemplo, adere integralmente às diretrizes da Anac e dos fabricantes de aeronaves para minimizar qualquer risco relacionado ao uso de dispositivos eletrônicos portáteis.
A Azul, por sua vez, destaca que suas aeronaves possuem autorização para o uso de equipamentos eletrônicos em modo avião durante todo o voo, incluindo a ativação do Wi-Fi, sem sofrer interferências. Já a Latam segue o regulamento da Anac, que proíbe a utilização de dispositivos eletrônicos portáteis que possam interferir com os sistemas de comunicações e navegação da aeronave.
Especialistas do setor reforçam que embora o risco de interferência exista, ele é controlado por meio de rigorosos testes e certificações que aeronaves comerciais passam. Os aviões modernos são projetados para lidar com essas questões, e as tecnologias avançadas minimizam as chances de interferência significativa.
Portanto, o ato de ativar o modo avião em dispositivos móveis durante os voos é uma medida de precaução para garantir um ambiente seguro e controlado nas aeronaves. As orientações e regulamentações rigorosas, juntamente com as práticas das companhias aéreas, asseguram uma experiência de voo tranquila e sem complicações relacionadas a interferências eletromagnéticas.
Da Redação