Por Redação ABA Notícias Jurídicas
“Estudei, me formei, tenho pós-graduação… mas na hora de atender um cliente, fico inseguro.”
Essa frase é mais comum do que se imagina entre os advogados brasileiros recém-formados — e até entre aqueles que já atuam há anos. O mercado jurídico vive um paradoxo silencioso: milhares de profissionais altamente capacitados academicamente, mas que se sentem despreparados para a prática real da advocacia.
A formação sólida que não prepara para a realidade
Segundo dados da OAB e de instituições de ensino jurídico, o Brasil forma mais de 100 mil bacharéis em Direito por ano. Muitos desses profissionais buscam especializações, mestrados e cursos técnicos. Mas ao sair da sala de aula e entrar num escritório ou enfrentar a primeira audiência, sentem um baque.
A razão? O sistema educacional jurídico brasileiro ainda é, majoritariamente, teórico. Poucas faculdades oferecem vivências práticas, como simulações de atendimento, estratégias de captação ética de clientes ou o uso de ferramentas tecnológicas que já dominam a rotina de escritórios.
A dor da insegurança: quando o saber técnico não basta
“Na universidade, aprendi a diferença entre apelação e agravo. Mas ninguém me ensinou a conversar com um cliente em luto ou como explicar uma cláusula contratual com empatia”, diz a advogada Luciana*, formada há oito anos.
Essa é uma das principais dores de quem ama o Direito, mas sente que a ponte entre o diploma e a independência profissional ainda não foi construída. Muitos acabam buscando soluções alternativas: cursos de prática forense, mentorias, ou até abandonam a advocacia antes de verem resultados.
O que os profissionais estão buscando
Hoje, cresce no país a procura por formações complementares com foco em soft skills, gestão de escritório, marketing jurídico e atendimento humanizado. Plataformas de mentoria jurídica, comunidades de apoio e redes colaborativas têm surgido para preencher esse vazio deixado pela formação tradicional.
Especialistas defendem que o novo perfil de advogado precisa aliar conhecimento técnico com habilidades emocionais e estratégias de mercado. Não basta saber peticionar — é preciso saber comunicar, empreender e criar autoridade.
A boa notícia: é possível virar o jogo
Para os advogados que se veem travados, o recado é claro: você não está sozinho. Muitos estão enfrentando esse mesmo dilema. Mas há caminhos possíveis para construir uma advocacia mais segura, estratégica e conectada com a realidade.
Projetos como a Fórmula ABA de Sucesso, a Rede de Mentores Jurídicos e iniciativas de capacitação prática vêm ajudando milhares de profissionais a saírem da estagnação e assumirem o protagonismo de sua carreira.
Uma nova advocacia está nascendo
Esse movimento não é moda — é uma resposta urgente a um sistema que precisa evoluir. E quem começa essa transformação não é o currículo, é o profissional.
Se você é um advogado ou advogada que sente que falta algo, saiba que o próximo passo pode ser justamente esse: sair do excesso de teoria e colocar a sua vocação em prática, com coragem e estratégia.
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