Advogada é Presa por Injúria Racial em São Paulo

Na noite de ontem, em São Paulo, uma advogada foi presa pela prática do crime de injúria racial. A notícia, amplamente divulgada pela grande mídia e nas redes sociais, chocou a população. O caso ocorreu em uma lanchonete, onde a acusada, visivelmente alcoolizada e alterada, ofendeu um empregado do estabelecimento chamando-o de “preto” e outros adjetivos racistas.

O repórter que cobriu o caso destacou que o crime de injúria racial é imprescritível e inafiançável. Apesar disso, o cenário descrito reflete uma realidade lamentável e comum em nosso país: crimes de injúria racial acontecem diariamente. A vítima, além de ser chamada de “preto”, foi humilhada publicamente ao ser chamada de “macaco”. Tais atitudes não apenas ferem a dignidade do indivíduo, mas também perpetuam uma cultura de racismo estrutural que precisa ser combatida.

É urgente que a sociedade e o sistema judiciário adotem uma postura firme e consistente contra o racismo. Embora as prisões sejam realizadas, muitas vezes, em menos de 24 horas, na audiência de custódia, os criminosos são liberados. Essa prática de relativização das leis pelos magistrados, que julgam o que consideram ser melhor para a sociedade, mina a confiança no sistema judicial e alimenta a sensação de impunidade. É fundamental que as vítimas de crimes raciais vejam a justiça sendo feita de maneira eficaz e justa

Para acabar com o instituto da impunidade e defender as vítimas desses crimes, é necessário pressionar por mudanças concretas. Devemos exigir a aplicação rigorosa da lei e o compromisso dos magistrados em cumprir o que está legislado. As vítimas de injúria racial não podem mais ficar desacreditadas da justiça. É hora de se unir em prol de uma sociedade mais justa e igualitária, onde o racismo seja combatido com toda a força da lei.

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